6 de agosto de 2012

Livro "Depressão: corpo, mente e alma"




Agora está disponível a edição online do livro "Depressão: corpo, mente e alma", que publiquei em 2009, numa versão ampliada. Neste livro, o tema Depressão é abordado com ênfase em seus aspectos orgânicos, psicológicos e espirituais, ressaltando as possíveis causas e os principais recursos terapêuticos disponíveis, dados estatísticos e reflexões sobre a Alegria de Viver.
Boa Leitura!

4 de agosto de 2012

Poema "Alegria"


                                                                   Alegria

Sempre vista num sorriso
Nos olhos cheios de brilho
Ela chega e contagia
Com toda suavidade
Transforma a infelicidade
Com encanto e simpatia

Uma aquarela de sentimentos
Trabalhados pelo tempo
Revela cor e harmonia
Sensação particular
Que dá vida e faz brilhar
A tela de cada artista

E não basta obter prazer
É preciso sentir e ver
As coisas lindas da vida
No cantar dos passarinhos
E num gesto de carinho
A verdadeira alegria.

(Wagner Lugate)

1 de agosto de 2012

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7 de março de 2012

Ansiedade

O que é Ansiedade

            
    Ansiedade é o conjunto de reações orgânicas, psicológicas e comportamentais que antecedem situações de perigo real ou imaginário. Em tempos remotos, quando as organizações sociais humanas ainda eram primitivas, as situações de perigo eram aquelas em que a vida estava em risco, mas com o passar do tempo, outras situações foram também sendo interpretadas como perigo. Assim, hoje, o risco de perdas afetivas, de status, de reconhecimento, entre outras, também constitui fonte de grande ansiedade. Trata-se de uma expectativa negativa, uma situação de apreensão, de receio de que algo ruim irá acontecer.


Ansiedade normal e patológica
                É importante compreender que Ansiedade não é sempre sinônimo de problemas emocionais ou orgânicos. Há situações na vida em que ela é necessária e positiva. Em situações que envolvem adaptação ou preservação da vida, ela predispõe a pessoa para a luta e a superação de dificuldades. Essa reação é normal, saudável e caracterizada pelo aumento da freqüência cardíaca e respiratória, contração muscular e inquietação, entre outras alterações que tiram a pessoa momentaneamente do seu equilíbrio orgânico e mental.
                No entanto, a manifestação da Ansiedade pode surgir sem motivo aparente, de forma inadequada ou desproporcional ao perigo existente. Observa-se, então, um quadro de Transtorno de Ansiedade, em que esta é considerada patológica.
                A diferenciação entre os dois tipos de Ansiedade tem como base a adequação da resposta frente ao estímulo. A resposta normal é de curta duração, auto-limitada e coerente com a situação enfrentada. Já a resposta patológica é percebida como exagerada ou inapropriada em relação à situação de perigo iminente. A expressão patológica da Ansiedade paralisa o indivíduo, enquanto a resposta normal e positiva promove movimento. Os chamados “Transtornos de Ansiedade” envolvem gasto excessivo de energia psíquica, problemas no contato social e de saúde. Envolvem sintomas como: preocupação excessiva, tremores, sudorese, falta de ar, problemas gástricos e intestinais, insônia, irritabilidade, tensão e dores musculares.
                Ainda no contexto da Ansiedade patológica, é importante abordar a “Personalidade Ansiosa”. Trata-se de um transtorno de personalidade caracterizado por sentimentos de tensão, apreensão, inadequação social e inferioridade. Estão presentes, também, o medo da rejeição, da crítica, da desaprovação e dificuldades nas relações interpessoais. Nestes casos, a evitação ou a restrição da vida social funciona como uma defesa, ou seja, uma proteção contra uma possível rejeição. A pessoa tende a ser retraída, desconfiada e possui uma baixa auto-estima.

Transtornos de Ansiedade


                Entre os principais Transtornos Mentais relacionados com a Ansiedade, estão:

- Síndrome do Pânico: Ataques de ansiedade aguda e inesperada, medo de morrer, de perder o controle e de enlouquecer.

- Fobias Específicas: Reação frente a um objeto ansiógeno específico como lugares altos, ambientes fechados, insetos, ...

- Fobias Sociais: Medo de expor-se, de situações sociais, de críticas, avaliações, ...

- Ansiedade Generalizada: Reação ansiosa persistente sem restrição ou predominância de circunstâncias ambientais.  Medo de perdas, acidentes, doenças, ...

- Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Caracterizado por pensamentos obsessivos e/ou atos compulsivos recorrentes. São observados comportamentos ritualísticos ou superticiosos que são desenvolvidos inconscientemente na tentativa de controlar sentimentos e pensamentos geradores de grande ansiedade.

- Estresse Pós-Traumático: Resposta tardia a uma situação estressante de natureza ameaçadora ou catastrófica, que tenha colocado em risco a integridade ou a vida.

Transtorno de Ansiedade de Separação: Ansiedade excessiva, vivida principalmente na infância e na adolescência, em função do afastamento de pais, substitutos ou cuidadores. Medo que algo aconteça consigo ou com aqueles que se afastaram.

Causas da Ansiedade patológica
             Assim como em grande parte das doenças, as causas da Ansiedade revelam uma interação entre fatores orgânicos, emocionais e ambientais (cultura, educação, ...). Entre eles, se destacam:

- Fatores genéticos   (cientistas já descobriram genes ligados à ansiedade por interferirem na ação de neurotransmissores como a dopamina. Estudos mostram que gêmeos monozigóticos compartilham sintomas de ansiedade em maior porcentagem em relação aos gêmeos dizigóticos)

- Desequilíbrios neuroquímicos   (apesar de tipos diferentes de ansiedade apontarem características neurológicas também diferentes, o baixo nível do neurotransmissor GABA constitui uma das principais causas orgânicas deste transtorno) 

- Problemas hormonais   (distúrbios da tireóide, distúrbios relacionados com o estresse, ...)

- Substâncias químicas   (efeito do uso de drogas, medicamentos e de exposição a toxinas)

- Situações traumáticas   (fatos geradores de estresse agudo e grande sofrimento psíquico)

- Cognições negativas   (conceitos negativos desenvolvidos sobre si e o mundo)

- Conflitos de auto-estima   (medo de não ser aceito, de não atender a expectativa do outro, ...)

- Conflitos de ordem moral   (frutos de impulsos hostis e sexuais considerados inaceitáveis)



1 de fevereiro de 2012

Projeto Educação Consciente


Esta é uma proposta de intervenção junto a pais e educadores de crianças em idade pré-escolar, com o intuito de acolher e qualificar aqueles que se ocupam da infância, trazendo informações acerca dos principais temas que permeiam o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social da criança de 0 a 6 anos.

           

11 de janeiro de 2012

Terapia do perdão

Perdão AmorA depressão possui em suas raízes fatores orgânicos, cognitivos e emocionais. Observa-se na base dos aspectos emocionais a presença de raiva, seja ela contida ou mal administrada. Inerente à natureza humana e decorrente de frustrações vividas, a raiva, quando contida, isto é, guardada ou reprimida, volta-se contra quem a sentiu na forma de depressão. Situação parecida é encontrada nos casos de culpa, em que a pessoa sente raiva de si mesma. Tal processo leva ao rebaixamento da auto-estima, à desenergização do corpo e da mente e à angústia.
É neste contexto que a Terapia do Perdão surge como forte aliada na superação de quadros depressivos. Quando a causa é a mágoa, a raiva é superada pelo perdão e quando o problema é a culpa, a eliminação da raiva envolve o auto-perdão.
Por definição, perdão significa a remissão da culpa ou da pena. No entanto, esta conduta terapêutica encontra dois grandes obstáculos culturais. Na infância, normalmente aprende-se que se deve perdoar aos outros, mas a prática do perdão fica associada ao esquecimento da ofensa e à anulação da raiva, o que parece utópico e contrário ao processo de amadurecimento emocional. Também, não é ensinado que as pessoas às vezes precisam perdoar a si mesmas. Então, como colocar o perdão em prática de forma eficiente? O que falta ao ser humano para que essa atitude seja facilitada?
Observa-se que tanto o perdão quanto o auto-perdão requerem uma expansão na forma de perceber a si, o outro e a vida. O ato de perdoar é dificultado pela visão egocêntrica de que a culpa é exclusivamente do outro. É preciso compreender que estamos sempre conectados mentalmente ao que nos acontece, mesmo que de forma inconsciente. Isto nos faz co-criadores de todas as situações em que nos envolvemos e, portanto, co-responsáveis também. Assim, fica superada a idéia de que somos vítimas de alguém ou de alguma situação.
Outro aspecto importante é desenvolver um olhar de empatia e compaixão, no qual é possível perceber os sentimentos, as dores e as dificuldades que moveram o comportamento da outra pessoa, exercitando a habilidade de compreender o outro.
Já o auto-perdão encontra barreiras na auto-crítica elevada, na rigidez, no perfeccionismo e na falta de coragem para enfrentar a situação pela qual se condena. É necessário que aquele que carrega culpa entenda que ela deve ser transformada em responsabilidade, evitando a inércia e o martírio, abrindo espaço para a reparação do erro cometido ou mesmo para um novo entendimento do fato.
O ser humano, às vezes, age de forma dura e implacável consigo e com o outro e a compreensão de que somos todos aprendizes do viver, de que os erros e os acertos compõem a estrada do crescimento, gera mais tolerância e favorece a prática do perdão.
Pode-se dizer que o perdão é libertador, que alivia a consciência, traz alegria, movimenta energias positivas, restaura a auto-estima e é capaz de livrar o Ser da depressão. Que possamos nos olhar com mais carinho e respeito, estando dispostos a perdoar e a recomeçar sempre que preciso, com a cabeça erguida e a certeza de que a felicidade é fruto de uma consciência limpa e em paz.

A seguir você encontra a letra e a música de Maurício Duboc, inspirada no Ho'oponopono, técnica de auto-cura desenvolvida pelo psicólogo havaiano Dr. Ihaleakala Hew Len, que tem como base o perdão.

Se acolho o que meu ego vê
Ou se vejo algum mal em você
Sinto muito... me perdoe
Te amo... Sou grato...
Se endosso o que não é real
Se acredito que existe o mal
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...
Se esqueço que sou Infinito
Se dou crédito a qualquer delito
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...
Se a mente que mente é do ego
Se o medo ainda me deixa cego
Sinto muito... me perdoe
Te amo... sou grato...
Se esqueço de que somos Um
Não percebo o que nos é comum
Sinto muito... me perdoe,
Te amo, sou grato...
Se em seus olhos não consigo me ver
Se ainda creio que preciso sofrer
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...Te amo...
(Maurício Duboc)