23 de junho de 2013

Poema: "Alegria de Viver"



Alegria de Viver


Sol que ilumina, Deus que anima
O sentido do existir
Ser vista é o que de fato ensina
Uma pessoa a gostar de si

Os olhos da criança
Que aprende a se aceitar
Se enchem de esperança
Ganha força o caminhar

Num gesto de gratidão
E intensa felicidade
Irradia o coração
A luz da fraternidade

O dia que chega é bem-vindo
Com música, cor e esplendor
E apesar de cada espinho
Triunfa o perfume da flor

Mas se o colo que encontrastes
Trazia nos olhos a dor
Encontrarás resgate
Num abraço reparador

Supera a tua clausura
Levanta, trabalha e anda
Pois não existe noite escura
Que resista à menor chama

Sorria, abrace e sinta
No crescer do teu labor
Que a vida só é VIDA
Se amparada pelo AMOR.

(Wagner Lugate)

10 de junho de 2013

Livro "O desenvolvimento infantil de 0 a 6 e a vida pré-escolar"

Esta obra é resultado de trabalhos que tenho feito na área de educação infantil desde 2001. Ela aborda o desenvolvimento em seus aspectos motores, cognitivos e afetivos. Traz sugestões de atividades pedagógicas adequadas a cada etapa do crescimento e reflexões sobre a aprendizagem, a agressividade, a autoestima e a relação educador/educando. Apresenta também uma proposta de intervenção junto a pais e educadores, com o intuito de qualificar aqueles que se ocupam da infância.
Boa leitura!

27 de fevereiro de 2013

Mensagens das Águas



Este vídeo relata a experiência do cientista japonês Masaru Emoto,
comprovando a ação dos nossos pensamentos e emoções sobre a nossa saúde.
É realmente impressionante!


30 de janeiro de 2013

Tratamento da Depressão

      Os avanços da ciência no campo da medicina e da psicologia, têm possibilitado que a cada dia mais recursos terapêuticos estejam disponíveis para o tratamento do Transtorno Depressivo. Citaremos aqui os principais recursos psicoterápicos, médicos e também aqueles considerados complementares.


PSICOTERAPIAS:
      São os tratamentos que têm como foco as questões emocionais. Pelo fato de haver olhares distintos para o Ser Humano, existem também abordagens diversas para o tratamento psicológico. Entre as várias técnicas psicoterápicas, se destacam: a Psicanálise, com o olhar voltado para as questões inconscientes; a Terapia Cognitivo-Comportamental, dando ênfase aos pensamentos e comportamentos; a Bioenergética ou Terapia Corporal, enfocando os registros emocionais impressos no corpo; e a Terapia Transpessoal, com foco na expansão de consciência em relação à natureza espiritual do Ser. 
      Entre os principais pontos trabalhados na psicoterapia da Depressão, estão:

·  baixa auto-estima
·  isolamento
·  culpa
·  raiva
·  desmotivação
·  sentimento de inferioridade
·  angústia
·  intolerância a frustrações
·  perfeccionismo / rigidez
·  narcisismo
·  perdas
·  identificação com pessoas deprimidas
·  não aceitação de si e da vida
·  sentimento de injustiça (vitimismo)
·  carência / dependência
·  falta de fé / desesperança
·  ansiedade
·  pensamentos negativos
·  ressentimento / mágoa
·  falta de sentido na vida
·  sentimento de rejeição / abandono / desamparo
·  obstrução do fluxo da energia vital
·  respiração inadequada


INTERVENÇÕES MÉDICAS:
      São procedimentos desenvolvidos a partir dos avanços da medicina, na tentativa de corrigir aspectos orgânicos envolvidos nos quadros depressivos.
      Entre as principais intervenções médicas no tratamento da Depressão, estão:

·  medicamentos antidepressivos
·  controle hormonal
·  fototerapia
·  terapia eletroconvulsiva
·  estimulação magnética transcraniana
·  estimulação do nervo vago
·  homeopatia
·  tratamento ortomolecular


RECURSOS COMPLEMENTARES:
     São recursos terapêuticos também conhecidos como alternativos, que podem ajudar a melhorar as condições psicológicas e orgânicas do deprimido, potencializando os tratamentos convencionais.
      Entre os recursos complementares, podemos citar:

·  alimentação
·  fitoterapia
·  florais de bach
·  atividade física
·  banho de sol
·  cuidados com a aparência
·  mudanças no estilo de vida
·  estabelecer objetivos
·  religião
·  reiki
·  acupuntura
·  shiatsu
·  terapia reflexa
·  exercícios de respiração
·  choro
·  riso
·  leituras motivadoras
·  música
·  aromaterapia
·  cromoterapia
·  feng-shui
·  contato com a natureza
·  trabalho voluntário

      É importante ressaltar que os recursos terapêuticos psicológicos, orgânicos e complementares apresentam melhor resultado quando trabalhados de forma associada, cuidando ao mesmo tempo, do corpo, da mente e da alma.

28 de janeiro de 2013

Psicólogo Uberlândia


     Gostaria de informar aos amigos que seguem nossas publicações, que o Espaço Terapêutico Saúde Global tem agora um novo endereço, à Rua Dos Carrijos, 311 - Sala 16 - Bairro Saraiva, na cidade de Uberlândia / Minas Gerais (Mapa). Apesar das mudanças no espaço físico, permanece o forte propósito de produzir cada vez mais contribuições no campo da Depressão e da Ansiedade, como tem sido feito há 13 anos, seja através de cursos, palestras, atendimento psicoterápico, publicações ou mesmo de forma preventiva, com os grupos formados para acolher e orientar aqueles que se ocupam da infância. Contatos podem ser feitos pelo e-mail wagnerlpsi@yahoo.com.br ou pelos fones (34) 9106-9075 / 3084-1899. Abraços e muita Paz!

6 de agosto de 2012

Livro "Depressão: corpo, mente e alma"




Agora está disponível a edição online do livro "Depressão: corpo, mente e alma", que publiquei em 2009, numa versão ampliada. Neste livro, o tema Depressão é abordado com ênfase em seus aspectos orgânicos, psicológicos e espirituais, ressaltando as possíveis causas e os principais recursos terapêuticos disponíveis, dados estatísticos e reflexões sobre a Alegria de Viver.
Boa Leitura!

4 de agosto de 2012

Poema "Alegria"


                                                                   Alegria

Sempre vista num sorriso
Nos olhos cheios de brilho
Ela chega e contagia
Com toda suavidade
Transforma a infelicidade
Com encanto e simpatia

Uma aquarela de sentimentos
Trabalhados pelo tempo
Revela cor e harmonia
Sensação particular
Que dá vida e faz brilhar
A tela de cada artista

E não basta obter prazer
É preciso sentir e ver
As coisas lindas da vida
No cantar dos passarinhos
E num gesto de carinho
A verdadeira alegria.

(Wagner Lugate)

1 de agosto de 2012

Saúde Global no Facebook

Conheça, "curta" e acompanhe as publicações da página
Saúde Global - Espaço Terapêutico
no Facebook. 


Imagens e frases que despertam a sensibilidade e inspiram o autoconhecimento
e a busca de uma vida mais plena e feliz.

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7 de março de 2012

Ansiedade

O que é Ansiedade

            
    Ansiedade é o conjunto de reações orgânicas, psicológicas e comportamentais que antecedem situações de perigo real ou imaginário. Em tempos remotos, quando as organizações sociais humanas ainda eram primitivas, as situações de perigo eram aquelas em que a vida estava em risco, mas com o passar do tempo, outras situações foram também sendo interpretadas como perigo. Assim, hoje, o risco de perdas afetivas, de status, de reconhecimento, entre outras, também constitui fonte de grande ansiedade. Trata-se de uma expectativa negativa, uma situação de apreensão, de receio de que algo ruim irá acontecer.


Ansiedade normal e patológica
                É importante compreender que Ansiedade não é sempre sinônimo de problemas emocionais ou orgânicos. Há situações na vida em que ela é necessária e positiva. Em situações que envolvem adaptação ou preservação da vida, ela predispõe a pessoa para a luta e a superação de dificuldades. Essa reação é normal, saudável e caracterizada pelo aumento da freqüência cardíaca e respiratória, contração muscular e inquietação, entre outras alterações que tiram a pessoa momentaneamente do seu equilíbrio orgânico e mental.
                No entanto, a manifestação da Ansiedade pode surgir sem motivo aparente, de forma inadequada ou desproporcional ao perigo existente. Observa-se, então, um quadro de Transtorno de Ansiedade, em que esta é considerada patológica.
                A diferenciação entre os dois tipos de Ansiedade tem como base a adequação da resposta frente ao estímulo. A resposta normal é de curta duração, auto-limitada e coerente com a situação enfrentada. Já a resposta patológica é percebida como exagerada ou inapropriada em relação à situação de perigo iminente. A expressão patológica da Ansiedade paralisa o indivíduo, enquanto a resposta normal e positiva promove movimento. Os chamados “Transtornos de Ansiedade” envolvem gasto excessivo de energia psíquica, problemas no contato social e de saúde. Envolvem sintomas como: preocupação excessiva, tremores, sudorese, falta de ar, problemas gástricos e intestinais, insônia, irritabilidade, tensão e dores musculares.
                Ainda no contexto da Ansiedade patológica, é importante abordar a “Personalidade Ansiosa”. Trata-se de um transtorno de personalidade caracterizado por sentimentos de tensão, apreensão, inadequação social e inferioridade. Estão presentes, também, o medo da rejeição, da crítica, da desaprovação e dificuldades nas relações interpessoais. Nestes casos, a evitação ou a restrição da vida social funciona como uma defesa, ou seja, uma proteção contra uma possível rejeição. A pessoa tende a ser retraída, desconfiada e possui uma baixa auto-estima.

Transtornos de Ansiedade


                Entre os principais Transtornos Mentais relacionados com a Ansiedade, estão:

- Síndrome do Pânico: Ataques de ansiedade aguda e inesperada, medo de morrer, de perder o controle e de enlouquecer.

- Fobias Específicas: Reação frente a um objeto ansiógeno específico como lugares altos, ambientes fechados, insetos, ...

- Fobias Sociais: Medo de expor-se, de situações sociais, de críticas, avaliações, ...

- Ansiedade Generalizada: Reação ansiosa persistente sem restrição ou predominância de circunstâncias ambientais.  Medo de perdas, acidentes, doenças, ...

- Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Caracterizado por pensamentos obsessivos e/ou atos compulsivos recorrentes. São observados comportamentos ritualísticos ou superticiosos que são desenvolvidos inconscientemente na tentativa de controlar sentimentos e pensamentos geradores de grande ansiedade.

- Estresse Pós-Traumático: Resposta tardia a uma situação estressante de natureza ameaçadora ou catastrófica, que tenha colocado em risco a integridade ou a vida.

Transtorno de Ansiedade de Separação: Ansiedade excessiva, vivida principalmente na infância e na adolescência, em função do afastamento de pais, substitutos ou cuidadores. Medo que algo aconteça consigo ou com aqueles que se afastaram.

Causas da Ansiedade patológica
             Assim como em grande parte das doenças, as causas da Ansiedade revelam uma interação entre fatores orgânicos, emocionais e ambientais (cultura, educação, ...). Entre eles, se destacam:

- Fatores genéticos   (cientistas já descobriram genes ligados à ansiedade por interferirem na ação de neurotransmissores como a dopamina. Estudos mostram que gêmeos monozigóticos compartilham sintomas de ansiedade em maior porcentagem em relação aos gêmeos dizigóticos)

- Desequilíbrios neuroquímicos   (apesar de tipos diferentes de ansiedade apontarem características neurológicas também diferentes, o baixo nível do neurotransmissor GABA constitui uma das principais causas orgânicas deste transtorno) 

- Problemas hormonais   (distúrbios da tireóide, distúrbios relacionados com o estresse, ...)

- Substâncias químicas   (efeito do uso de drogas, medicamentos e de exposição a toxinas)

- Situações traumáticas   (fatos geradores de estresse agudo e grande sofrimento psíquico)

- Cognições negativas   (conceitos negativos desenvolvidos sobre si e o mundo)

- Conflitos de auto-estima   (medo de não ser aceito, de não atender a expectativa do outro, ...)

- Conflitos de ordem moral   (frutos de impulsos hostis e sexuais considerados inaceitáveis)



1 de fevereiro de 2012

Projeto Educação Consciente


Esta é uma proposta de intervenção junto a pais e educadores de crianças em idade pré-escolar, com o intuito de acolher e qualificar aqueles que se ocupam da infância, trazendo informações acerca dos principais temas que permeiam o desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social da criança de 0 a 6 anos.

           

11 de janeiro de 2012

Terapia do perdão

Perdão AmorA depressão possui em suas raízes fatores orgânicos, cognitivos e emocionais. Observa-se na base dos aspectos emocionais a presença de raiva, seja ela contida ou mal administrada. Inerente à natureza humana e decorrente de frustrações vividas, a raiva, quando contida, isto é, guardada ou reprimida, volta-se contra quem a sentiu na forma de depressão. Situação parecida é encontrada nos casos de culpa, em que a pessoa sente raiva de si mesma. Tal processo leva ao rebaixamento da auto-estima, à desenergização do corpo e da mente e à angústia.
É neste contexto que a Terapia do Perdão surge como forte aliada na superação de quadros depressivos. Quando a causa é a mágoa, a raiva é superada pelo perdão e quando o problema é a culpa, a eliminação da raiva envolve o auto-perdão.
Por definição, perdão significa a remissão da culpa ou da pena. No entanto, esta conduta terapêutica encontra dois grandes obstáculos culturais. Na infância, normalmente aprende-se que se deve perdoar aos outros, mas a prática do perdão fica associada ao esquecimento da ofensa e à anulação da raiva, o que parece utópico e contrário ao processo de amadurecimento emocional. Também, não é ensinado que as pessoas às vezes precisam perdoar a si mesmas. Então, como colocar o perdão em prática de forma eficiente? O que falta ao ser humano para que essa atitude seja facilitada?
Observa-se que tanto o perdão quanto o auto-perdão requerem uma expansão na forma de perceber a si, o outro e a vida. O ato de perdoar é dificultado pela visão egocêntrica de que a culpa é exclusivamente do outro. É preciso compreender que estamos sempre conectados mentalmente ao que nos acontece, mesmo que de forma inconsciente. Isto nos faz co-criadores de todas as situações em que nos envolvemos e, portanto, co-responsáveis também. Assim, fica superada a idéia de que somos vítimas de alguém ou de alguma situação.
Outro aspecto importante é desenvolver um olhar de empatia e compaixão, no qual é possível perceber os sentimentos, as dores e as dificuldades que moveram o comportamento da outra pessoa, exercitando a habilidade de compreender o outro.
Já o auto-perdão encontra barreiras na auto-crítica elevada, na rigidez, no perfeccionismo e na falta de coragem para enfrentar a situação pela qual se condena. É necessário que aquele que carrega culpa entenda que ela deve ser transformada em responsabilidade, evitando a inércia e o martírio, abrindo espaço para a reparação do erro cometido ou mesmo para um novo entendimento do fato.
O ser humano, às vezes, age de forma dura e implacável consigo e com o outro e a compreensão de que somos todos aprendizes do viver, de que os erros e os acertos compõem a estrada do crescimento, gera mais tolerância e favorece a prática do perdão.
Pode-se dizer que o perdão é libertador, que alivia a consciência, traz alegria, movimenta energias positivas, restaura a auto-estima e é capaz de livrar o Ser da depressão. Que possamos nos olhar com mais carinho e respeito, estando dispostos a perdoar e a recomeçar sempre que preciso, com a cabeça erguida e a certeza de que a felicidade é fruto de uma consciência limpa e em paz.

A seguir você encontra a letra e a música de Maurício Duboc, inspirada no Ho'oponopono, técnica de auto-cura desenvolvida pelo psicólogo havaiano Dr. Ihaleakala Hew Len, que tem como base o perdão.

Se acolho o que meu ego vê
Ou se vejo algum mal em você
Sinto muito... me perdoe
Te amo... Sou grato...
Se endosso o que não é real
Se acredito que existe o mal
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...
Se esqueço que sou Infinito
Se dou crédito a qualquer delito
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...
Se a mente que mente é do ego
Se o medo ainda me deixa cego
Sinto muito... me perdoe
Te amo... sou grato...
Se esqueço de que somos Um
Não percebo o que nos é comum
Sinto muito... me perdoe,
Te amo, sou grato...
Se em seus olhos não consigo me ver
Se ainda creio que preciso sofrer
Sinto muito... me perdoe,
Te amo... sou grato...Te amo...
(Maurício Duboc)

30 de novembro de 2011

Atividade física no combate à Depressão

O tratamento da Depressão, para que possa trazer bons resultados, além de contar com recursos das áreas médica e psicológica, requer sempre o empenho, ou seja, o comprometimento do deprimido com a sua melhora. Entre as atribuições do paciente no processo de recuperação está a prática de atividades físicas.




Conhecimentos no campo da fisiologia, da psicanálise e da bioenergética permitem afirmar que são muitos os benefícios que a atividade física pode trazer ao tratamento do Transtorno Depressivo:

LIBERA ENDORFINA: Este hormônio é responsável pela sensação de bem-estar.

EXPANDE A RESPIRAÇÃO: Favorece o fluxo da bioenergia e oxigena melhor o cérebro, melhorando o desempenho de suas funções.

CORRIGE A POSTURA CORPORAL: Os exercícios de alongamento e a atividade física em si tendem a melhorar o alinhamento da coluna e levantar a cabeça, redirecionando o olhar que antes era voltado para baixo e negativamente introspectivo e agora é erguido e passa a perceber o mundo que está em volta e o horizonte, possibilitando a atitude de olhar para frente e mentalizar objetivos a serem alcançados.

MELHORA A SOCIALIZAÇÃO: As atividades realizadas em equipe ou na presença de outras pessoas tendem a tirar o deprimido do isolamento em que comumente se encontra.

AUMENTA A CAPACIDADE CARDIO-RESPIRATÓRIA: A maior resistência física traz a sensação de capacidade e faz diminuir o desânimo, próprio dos quadros depressivos.

COMBATE O ESTRESSE: Estudos revelam que, em muitos casos de depressão, o Cortisol, hormônio ligado ao estresse, encontra-se em níveis elevados.

INTENSIFICA A FORÇA DE VONTADE: O esforço que é feito para se concluir a atividade física trabalha os sentimentos de perseverança, auto-superação e bom ânimo, além de refletir positivamente na auto-estima.

DESPERTA O ESPÍRITO DE LUTA: A agressividade positiva, necessária para se manter na vida, é estimulada por muitos esportes, construindo uma atitude firme e determinada, com foco na superação, trabalhando também a concentração e a objetividade.

REVITALIZA O CORPO E A MENTE: Exercícios que envolvem o ato de pular fazem fluir a bioenergia, provocando um estado de excitação psíquica capaz de combater a sensação de desânimo presente nos quadros depressivos.

EXTERNALIZA A RAIVA: Uma das maiores causas psicológicas da depressão é a dificuldade em lidar com a raiva. Ela pode ser reprimida, levando à dessensibilização do corpo e da mente, ou ser direcionada contra a própria pessoa em situações de culpa, favorecendo em ambos os casos o surgimento do transtorno depressivo. Atividades que envolvem esforço, luta corporal, chutes, gritos, socos, raquetadas e outras que exigem atitude e energia podem contribuir para a externalização da raiva de forma positiva (com regras), fazendo fluir a energia bloqueada e aliviando a angústia existente.


É bom ressaltar que as atividades físicas constituem um importante apoio no tratamento da depressão, não substituindo os recursos médicos, psicoterápicos e a imprescindível mudança de postura do deprimido diante da vida.

6 de julho de 2011

Auto-ajuda no tratamento da Depressão

A alteração do campo mental do deprimido em direção à saúde pode ser favorecida por medicamentos e psicoterapias. No entanto, há um importante elemento no processo de recuperação que depende exclusivamente do doente: seu esforço pessoal, ou seja, sua atitude em busca da própria melhora.
Inúmeros são os recursos disponíveis para a auto-ajuda, mas é preciso vencer o desânimo e os pensamentos negativos, num exercício constante de auto-superação e disciplina, para que se consiga complementar a ação de médicos e psicólogos.


- Cuidar da aparência
(ajuda a preservar a auto-estima)

- Manter ambientes iluminados, arejados e limpos
(melhora a energia do ambiente e das pessoas que nele se encontram)

- Evitar drogas lícitas e ilícitas
(evita a depressão por ação química)

- Expressão da raiva
(a raiva contida pode se voltar contra a pessoa na forma de depressão. Deve ser manifestada em conversas, em exercícios de expressão, extravasada nos esportes ou direcionada para a auto-superação)

- Religião
(alimenta a fé e a esperança, melhora a postura diante da vida e estimula a humildade e a caridade)

- Trabalho voluntário
(doar-se é um ótimo caminho para melhorar a auto-estima)

- Atividade física
(evita o estresse, traz sensação de prazer, trabalha a força de vontade e a agressividade positiva, além de estimular o fluxo energético no corpo e na mente)

- Exercício de respiração e relaxamento
(equilibra o fluxo energético)

- Alimentação saudável
(a medicina ortomolecular aponta a falta de alguns aminoácidos e vitaminas do complexo B, que são usados na síntese de neurotransmissores, como uma das causas da depressão)

- Boas leituras
(mantém a mente sintonizada com idéias positivas)

- Contato com a natureza
(equilibra o fluxo energético)

- Exercício de alongamento
(corrige postura corporal, levanta o olhar e trabalha a flexibilidade)

- Sorrir
(traz sensação de prazer pela liberação da endorfina)

- Cultivar o pensamento positivo
(evita o desânimo e a inércia e provoca efeitos positivos na mente e no corpo)

- Cuidar do fator desencadeador
(enfrentar os problemas que desencadearam o quadro depressivo)

3 de julho de 2011

Atitudes libertadoras


Desde a infância, através de experiências afetivas e cognitivas, a criança vai construindo conceitos sobre si, a vida, o mundo e as relações sociais. Essas informações captadas num momento de descoberta e formação da própria identidade são tomadas pela criança como verdades que muitas vezes a acompanharão por toda a vida. A personalidade vai, então, sendo estruturada e padrões de comportamentos vão sendo estabelecidos. Todo este processo determina a postura que a pessoa adotará diante da vida, incluindo a forma de se relacionar e de reagir às dificuldades encontradas.
Ocorre que experiências negativas vividas na infância podem gerar conceitos distorcidos, provocando conflitos de auto-estima, dificuldades no relacionamento interpessoal e desesperança em relação ao futuro, favorecendo a formação de quadros depressivos.
Já se sabe que pensamentos e emoções são capazes de alterar a atividade celular de forma positiva ou negativa, levando à saúde ou à doença, respectivamente, deixando clara a participação do deprimido na construção de seu quadro, assim como na superação do mesmo.
Gasta-se tempo e dinheiro tentando tratar a depressão de forma passiva, como se o paciente fosse um simples hospedeiro da doença, vítima da vida e não o causador de sua enfermidade. Isso pode ser constatado pelo alto índice de recorrência da doença, observado apesar dos tratamentos farmacológicos e psicoterápicos.
É necessário que a pessoa com depressão compreenda que é responsável pela própria felicidade e que a forma como tem entendido a vida e reagido a ela tem gerado sua angústia, seu desânimo e sua tristeza. O Transtorno Depressivo é antes de tudo um convite a mudanças internas, isto é, a alterações na postura diante da vida.
A ligação existente entre a depressão e a forma de ver e sentir a vida fica ainda mais evidente quando se observa os quatro fatores causais encontrados com maior freqüência na base dos quadros depressivos de origem psicológica:

RAIVA
Origens: intolerância às frustrações.
Comportamentos: mágoa; ressentimento; vitimismo; revolta contra as circunstâncias da vida; culpa; ...
Atitudes Libertadoras: tolerância; perdão; auto-perdão; assumir a responsabilidade pela própria vida; manifestação da raiva através da fala, do esporte ou de exercícios de expressão; colocar-se no lugar do outro, resignação.

CULPA
Origens: atitudes infelizes que geram arrependimento; educação com rigidez, críticas ou elevada expectativa dos pais; conflitos gerados por conceitos religiosos.
Comportamentos: intolerância; perfeccionismo; rigidez; alto nível de exigência consigo e com os outros; auto-punição; moralismo; auto-compaixão; baixa auto-estima; ...
Atitudes Libertadoras: auto-perdão; revisão de conceitos aprendidos; reparação; compreensão da própria condição de aprendiz; tolerância; flexibilidade; auto-aceitação.

SENTIMENTO DE PERDA
Origens: perda de objetos, pessoas ou situações que sustentavam a auto-estima; perda da autonomia, da identidade, do sentido existencial ou de afeto; ...
Comportamentos: raiva; sensação de desamparo e incapacidade; sentimento de rejeição; vazio existencial; ...
Atitudes Libertadoras: adaptação; desenvolvimento da autonomia; autoconfiança; resignação.

COGNIÇÕES NEGATIVAS
Origens: construção de conceitos negativos sobre si, o mundo e o futuro a partir das experiências vividas na infância.
Comportamentos: pessimismo; desesperança; sentimento de desamparo; baixa auto-estima (sentimentos de inadequação, rejeição, incapacidade de dar e receber amor, incompetência, auto-desvalorização); ...
Atitudes Libertadoras: revisão de conceitos aprendidos; busca de novas referências; pensamento positivo; auto-aceitação; auto-perdão; perdão; doar-se.

Torna-se imprescindível associar a reforma íntima aos tratamentos médicos e psicológicos. É necessário rever conceitos, atitudes, valores, sentimentos e pensamentos para que se reduzam os riscos de retorno ao quadro.

1 de julho de 2011

Cuidando da infância


Observa-se que muitos fatores envolvidos na causalidade da depressão têm suas bases na infância.
A construção da auto-estima, da forma de se relacionar, da visão de mundo, enfim, da personalidade, se dá desde muito cedo na relação entre a criança e as pessoas que se ocupam de seus cuidados. Com base em teorias da personalidade, acredita-se que o período compreendido entre 0 e 7 anos de idade seja de grande influência na estruturação de padrões de comportamento que acompanharão a pessoa ao longo da vida. Assim, faz-se necessário que aqueles que se dedicam aos cuidados da infância, seja no ambiente familiar ou educacional, preocupem-se com o tipo de vínculo afetivo que está sendo construído.
A criança aprende sobre ela e sobre a vida através de informações que capta de outras pessoas e que processa em suas vivências afetivas e cognitivas. Partindo do que falam sobre ela e de simples reações à sua presença, a criança vai descobrindo quem ela é, isto é, vai construindo sua auto-imagem. Diz-se que os adultos funcionam como espelhos para a criança.
Muitas crianças crescem escutando que são burras, incapazes, incompetentes, teimosas, chatas, inconvenientes e um peso na vida das pessoas, ou que são inteligentes, perseverantes, criativas, agradáveis, capazes, indispensáveis e amadas. Sejam as informações incorporadas positivas ou negativas, a criança tende a agir de acordo com a imagem que forma de si. Essas impressões ajudam a compor a identidade da pessoa e tornam-se de difícil mudança na vida adulta.
Outro ponto importante na construção da identidade são os modelos introjetados na convivência com os adultos. No decorrer do desenvolvimento, a criança vai internalizando padrões de comportamento, espelhando-se nas pessoas que a cercam. Entre os modelos de identificação, que podem futuramente servir de base para a depressão, estão o perfeccionismo e a intolerância, revelando um alto nível de crítica e exigência, o pessimismo, o sentimento de inferioridade, a submissão, a dificuldade de expressar a raiva, a auto-depreciação e a postura ilusória e arrogante de auto-suficiência.
O jeito como uma criança é tratada também exerce influência na construção de sua auto-estima, sendo esta o sentimento que uma pessoa tem de ser amada, útil, aceita, de ter algo de bom em si para oferecer ou não. Trata-se do valor que a pessoa se atribui, do quanto ela se ama e se aceita. Por exemplo, percebe-se que as crianças se esforçam para agradar sempre os pais e não decepcioná-los, tentando preservar a atenção e o carinho deles. Essa situação auxilia o desenvolvimento infantil, mas pode ser um problema quando o nível de intolerância e exigência dos adultos é elevado, esperando da criança comportamentos destoantes daqueles esperados em sua faixa etária. Tal exigência é observada em pequenas situações no dia-a-dia como não colorir fora dos contornos do desenho, fazer uma letra bonita, não derramar suco na mesa, não se sujar, entre outras que vêm sempre acompanhadas de comentários infelizes do tipo: “Não é possível, você não aprende nunca?!”; “Quantas vezes tenho que te explicar a mesma coisa?!”; “Eu não esperava esse comportamento de você!”. Quando isso ocorre, sentimentos de culpa, inadequação, incapacidade, rejeição e fracasso tomam conta da criança, comprometendo sua auto-imagem e sua auto-estima. Assim, vai se tornando cada vez mais intolerante consigo mesma e com os outros e, ao longo da vida, sua postura rígida e perfeccionista lhe trará perturbações em forma de culpa e, conseqüentemente, depressão.
Para se ter adultos com uma boa auto-estima, é preciso mostrar às crianças o valor que elas têm. E não basta amar, é necessário que a criança se sinta amada. Por isso, é importante demonstrar o amor, falar desse amor, abraçar, fazer carinho, ressaltar suas qualidades internas e ser paciente com seu processo de aprendizagem, uma vez que todo ser humano é aprendiz do viver.